A pequena loja de bordados e enxovais no Largo do Rossio reabriu portas, depois de vários anos encerrada, para receber a sede de campanha de Júlio Vieira à autarquia. O cinzento do pó deu lugar ao laranja, lembrando o renascer das cinzas da mitológica Fénix. A renascer de uma derrota histórica há quatro anos está também o espírito do PSD.
“Há seis meses era quase um sonho impossível o PSD ganhar as eleições”, afirmou Júlio Vieira na inauguração da sede, no dia 28 de Agosto, lembrando o percurso de uma candidatura, acreditando que neste momento “é difícil saber quem vai ganhar as eleições”.
Para regressar ao comando da autarquia o PSD aposta num programa eleitoral “discutido exaustivamente por mais de 500 pessoas” e da capacidade de unir pessoas em torno da candidatura.
Para isso, Júlio Vieira espera que a “juventude usufrua” da nova sede de campanha, mas confessa que aos candidatos irá caber a tarefa de percorrer todo o concelho no contacto com as pessoas. As festas populares ajudam a estes contactos, um roteiro que está a ser feito pelos candidatos, admite Júlio Vieira, mas que tem sido “gratificante” por “permitir falar com muita gente, de muita qualidade”.
O candidato apelou a todos os presentes que transmitam “a mensagem de mudança”, e mudança foi também o tónico da intervenção do mandatário Saul António Gomes, que afirmou que Júlio Vieira representa “um projecto de futuro”, em oposição a “deixar que as coisas continuam como estão, gastas e sem ideias”. Saul António Gomes voltou a apostar na ideia que Júlio Vieira não lidera uma candidatura apenas para os sociais-democratas, mas para “unir todos os portomosenses”. Para o mandatário passa também pelo PSD a possibilidade de “renovar as pessoas que vão tomar as opções nos próximos anos”.